Há uma forma que nos persegue sempre
com os catorze passos de transpor a rua.
E se esboroa em dar os passos, a lua
a buscar a forma que não se cumpre.
A labareda que tremula numa trempe
já nos engana com a forma que insinua,
chega tão próxima a promíscua língua
e o triunfo é não repetir o que se mostra.
A camisa que não modifica o dorso
que espera o braço, que alterna o fôlego,
enquanto isso, a libélula, em seu percurso,
desprenderá a asa. Gritemos o nosso rogo!
Faltará a palavra de não repetir o dorso
da forma que voluteia e cai no fogo.
Um comentário:
Muito bom! Adorei esse poema, poeta! :D
Inclusive, recitei ele no meu podcast de poesias. Com estreia para o dia 10 de Maio.
Se quiser ouvir, é só procurar por podcast Toma Aí Um Poema. Estamos no Spotify, mestre!
No mais, fica o convite para conhecer o meu trabalho.
https://www.jessicaiancoski.com/
Postar um comentário